31 de jan. de 2015

Bebê Querido - Aline Barros

Postado por Jesarela de Carvalho às 23:36 0 comentários
É como um sonho que se realizou
Foi longa a espera, tempo que enfim passou
Os nossos corações parecem explodir de amor
Por ti querido
Rendemos a Deus louvor

Bebê querido dádiva de Deus
Bebê querido presente gracioso
Nós te consagramos
Ao Senhor que te formou
Pedaço do Céu que Deus nos entregou!

Coração de Mãe - Aline Barros

Postado por Jesarela de Carvalho às 22:51 0 comentários
Seu coração é assim
Não sei por que, mas é assim
Parece que não tem mais fim
Um oceano de afeto

Quanto mais ama, mais tem amor

Quanto mais serve, mais tem pra dar
Tanto querer, tanta emoção
Tanto carinho por mim

Seu coração é assim

Flor que desabrocha a cada manhã
Fonte de amor que é sem fim
Deus te fez assim pra cuidar de mim

Quero crescer com você

E a cada dia aprender
Que o seu coração é assim
Minha mãe

Seu coração é assim

Não sei por que, mas é assim
Parece que não tem mais fim
Um oceano de afeto

Quanto mais ama, mais tem amor

Quanto mais serve, mais tem pra dar
Tanto querer, tanta emoção
Tanto carinho por mim

Seu coração é assim

Flor que desabrocha a cada manhã
Fonte de amor que é sem fim
Deus te fez assim pra cuidar de mim

Quero crescer com você

E a cada dia aprender
Que o seu coração é assim
Minha mãe

Seu coração é assim

Flor que desabrocha a cada manhã
Fonte de amor que é sem fim
Deus te fez assim pra cuidar de mim

Quero crescer com você

E a cada dia aprender
Que o seu coração é assim
Minha mãe

Te amo, mãe

Mãe é mãe... - Priscila Santos Inowe

Postado por Jesarela de Carvalho às 18:00 0 comentários
Ser pai é um pouco mais fácil. Pai não carrega 9 meses dentro de si. Não vomita, não vê sua pressão ir pras cucuias, não tem sua bexiga comprimida. Pai não tem seu corpo invadido por um bisturi, não faz cesárea, não faz parto normal, não sangra 200 dias depois do parto, não fica louco com os hormônios, não fica com insegurança do mundo e medo de não segurar a bronca.

Pai não vê seus seios sangrando pra alimentar o bebê, não vela o sono do bebê na madrugada, não passa a mão no narizinho dele 569 vezes por noite pra ver se está respirando. Pai não tira dúvidas no grupo de mães, não sofre com o corpo modificado no espelho, pai pode devolver pra mãe quando o bebê perde o fôlego de chorar. Pai pode continuar bebendo cerveja, pai pode voltar pro trabalho 5 dias depois do parto, pai não se retira da sociedade. Pai tem uma retaguarda que se chama mãe.

É claro que pai é importante: muito importante. Pai é tudo de bom. Pai brinca, conversa, carrega, embala, dá banho, provê necessidades físicas e mentais, participa ativamente, mata um se preciso for.

Pai é bom, é gostoso, transmite segurança, ajuda pra caramba. Mata dois, se preciso for.

Mas mãe é diferente. Mãe que é mãe está acima do bem e do mal. Mãe tem um quê de "autoridade espiritual" sobre seu bebê, mãe renuncia, mãe pede todo dia pra Deus interceder pelos seus filhos. Mãe deixa os amigos, mãe fica em casa quando todos estão se divertindo. Quantas vezes não toma banho, que luxo lavar o cabelo!
 
Mãe vive pra cria.

Pessoa boa é quem gosta do seu filho, lugar bom é o que você pode ir com seu bebê. Comida boa é a que não dá cólica, promoção boa é a de fralda.

Mãe não tem um interesse maior que não seja pelo bem estar do seu filho. Mãe sabe a data de cada vacina, mãe sofre com a febre, mãe se despedaça em mil com o choro. Mãe "lambe sua cria", sobe no lustre pra ganhar uma risadinha, não assiste um jornal sem imaginar "meu Deus, e se fosse MEU filho!?"

Mãe enfrenta um exército de salto alto e de peito abertos, se todo o mais faltar, a mãe estará junto ao seu filho.
Mãe é MÃE! "Simples" assim.

30 de jan. de 2015

Todo filho é pai da morte de seu pai - Fabrício Carpinejar

Postado por Jesarela de Carvalho às 23:34 0 comentários
"Feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia."

Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai. É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso. 
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. 

É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar. 
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe. 
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios. 
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.

Todo filho é pai da morte de seu pai. Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta. E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais. Uma das primeiras transformações acontece no banheiro. Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro. A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.

Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes. A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões. Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus. Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente? Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia. 

Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos. No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:

— Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.

Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.

Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
— Estou aqui, estou aqui, pai!

O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali.
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